A Secretaria Nacional de Justiça do Ministério da Justiça e a Secretaria da Receita Federal assinaram, nesta quarta-feira (27), acordo para a criação de mais um laboratório de tecnologia contra Lavagem de Dinheiro na Receita Federal. O Lab-LD é uma tecnologia que auxilia a reunir informações de crimes de lavagem de dinheiro. As ferramentas permitem analisar grandes volumes de informações bancárias, fiscais e de outras naturezas.
Já existem 16 unidades instaladas no País – dentro de Ministérios Públicos Estaduais, Polícias Civis e Polícia Federal – que se reportam a Estratégia Nacional de Combate à Corrupção e à Lavagem de Dinheiro (ENCCLA). Essa será 17ª unidade e marca uma série de atividades em comemoração aos 10 anos da ENCCLA em 2012.
O investimento nessa unidade, que ficará em São Paulo, será de R$ 887 mil em 2012 e mais R$ 516 mil em 2013, custeados pelo Ministério da Justiça. O Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional (DRCI) do ministério é o responsável pela iniciativa, além da aquisição dos equipamentos e capacitação nas unidades.
Para o secretário nacional de Justiça, Paulo Abrão, o combate à corrupção, na qual a sonegação fiscal é uma das vertentes principais, exige medidas de inteligência e de aperfeiçoamento da gestão das estruturas do Estado. “Com esse laboratório, a Receita Federal terá um instrumento privilegiado para elevar ainda mais a excelência dos seus trabalhos”.
Durante a cerimônia de assinatura, o diretor do DRCI, Ricardo Saadi, reforçou que com a presença dos laboratórios, a análise de dados – que demoravam anos – passou a ser feita de forma mais rápida e efetiva. Em três anos, a rede Lab analisou aproximadamente 600 casos de lavagem de dinheiro e corrupção, identificando cerca de R$ 11 bilhões de ativos ilícitos.
Segundo o secretário da Receita Federal, Carlos Alberto Barreto, a iniciativa de criar um laboratório em parceria com o ministério é bastante significativa. “A Receita lida com a transação de empresas, a busca constante da sonegação fiscal e isso inclui o combate ao crime organizado e a lavagem de dinheiro”, concluiu.